Planejamento na Educação Infantil: a criança no centro do processo

O que aconteceu com bebês e crianças em fase de desenvolvimento que ficaram longe da escola passados dois anos de pandemia? O contexto foi desafiador tanto para as famílias quanto para professores. Estudos mostram que em todas as etapas da escolaridade houve defasagens de aprendizagem. Na Educação Infantil, também há consequências do afastamento, por isso é ainda mais importante discutir estratégias de planejamento e a quais aspectos os professores devem ficar atentos para proporcionar boas experiências às crianças. 

O planejamento precisa considerar a organização dos espaços, tempos e materiais, assim como é essencial que se paute nas explorações das crianças para que haja de fato a garantia do protagonismo infantil. Mas como fazer isso? O que é necessário observar e de que maneira o registro e a reflexão do professor se expressam no (re)planejamento? Quais estratégias e recursos podem ser utilizados para que o planejamento favoreça boas experiências? Esses são alguns dos desafios vividos no cotidiano da Educação Infantil e que norteiam as aprendizagens deste curso.  

Esta formação enfatiza COMO planejar o cotidiano nesta etapa levando em consideração que a criança e suas necessidades estão no centro desse planejamento. A sustentação teórica toma por base a Pedagogia Freinet, que tem como princípios norteadores da prática pedagógica a autonomia, a cooperação, o trabalho e a expressão livre. Além de estarem expostos a essas ideias, os cursistas serão provocados a refletir e terão acesso a estudos de casos e amostras de práticas para inspirar o planejamento docente.  

Objetivos de aprendizagem

Espera-se que, ao final do curso, o professor seja capaz de: 

• reconhecer as necessidades das crianças e assim assumi-las para motivar, organizar e realizar o trabalho em sala favorecendo o desenvolvimento integral e harmonioso delas, considerando os aspectos físico, psicológico, intelectual e social.
• reconhecer a organização intencional dos espaços e materiais como forma de garantir o protagonismo infantil e a aprendizagem por experiências;
• compreender a escuta e a observação das ações das crianças como elementos essenciais para definir a intencionalidade pedagógica e os objetivos do (re)planejamento;
• elaborar planejamentos de atividades alinhadas aos Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento e às premissas da BNCC, sempre considerando os interesses e as investigações trazidas pelas crianças;
• refletir  sobre o papel do professor mediador e de que forma o protagonismo é contemplado no planejamento das atividades;